São raros os momentos em que a gente deixa de lado o fato de não conhecer e não confiar no desconhecido ao seu lado, então quando o fazemos, quando demos a mão a alguém que não conhecemos, nós nos lembramos por um momento que todos somos iguais. Todo mundo sente. Todo mundo está presente, não apenas físicamente, mas em espírito. Sentimos no fundo da nossa alma.
Seja quando multidões cantam em uníssono alguma música em um grande festival, quando os fiéis cantam na praça de São Pedro ao fim da escolha de um novo Papa, ou protestantes gritando por seus direitos nas ruas. Seja por causas felizes ou tristes. Por causas certas ou erradas. Fato é, que a humanidade sabe, lá no fundo, que juntos podemos fazer grandes mudanças. Podem não acreditar nisso o tempo inteiro, perder a fé na maior parte do tempo, mas quando esses raros momentos acontecem, o povo sente isso outra vez. É esperança. Esperança mútua.
Meu som preferido sempre será o som de uma multidão cantando a mesma música. São em raros momentos como esses que resurge o breve lembrete de que a humanidade não está perdida. As pessoas ainda se juntam para aplaudir, para rezar e para dar as mãos em tempos de crise. As pessoas sentem dentro de si a conexão que os liga às pessoas à sua volta quando estão juntos, quando fecham os olhos e cantam a mesma música com toda sua força, ou quando dão as mãos e rezam, mesmo que estejam em luto, por alguma catástrofe.
Enquanto os seres humanos ainda sentirem esse poder que os aquece quando estão de mãos dadas, ainda teremos esperança.
Coloquem seus fones de ouvido, fechem os olhos e curtam.
Que post FODA! Fiquei arrepiada com os vídeos. Fantástico. <3
ResponderExcluirEu acho lindo, quase que perfeita, a forma que o ser humano tem de demonstrar seus sentimentos. Seja ela através de uma música tão linda ou com gritos ecoando pelas ruas. O que eu repudio são as formas que alguns encontram para destruir e manchar a imagem que passamos aos outros.
ResponderExcluirMas enfim, ótimo post!!