"Quando os humanos batem palmas, é o único momento em que se unem para aplaudir outros seres humanos. Acho que aplausos existem para conservar as coisas.- Eles mantem unidos os momentos a serem lembrados - comento, baixinho."
Confesso que primeiramente me interessei pelo livro por causa do renomado autor (uma vez que sou fissurada em A Menina Que Roubava Livros). A capa também ajudou a chamar minha atenção. Porém, no momento em que sentei com meu livro recém ganho de minha mãe, ansiosa para começar a leitura, foi que li a resenha pela primeira vez e percebi que a história não era nada como eu imaginava ser.
Não sei o que exatamente eu imaginava, mas em minha cabeça, não era a história de um adolescente cujo maior ideal era: Ser Alguém.
Não estou desmerecendo a leitura, afinal eu leria qualquer coisa que Markus Zusak chegasse a publicar apenas pelo fato de o primeiro livro ter sido um sucesso tão grande para mim. Posso dizer que A Garota Que eu Quero não foi nem de longe minha leitura preferida e, para ser sincera, acredito que para a maioria das pessoas é uma leitura um tanto tediosa. Não é um romance de cinema ou uma aventura épica, não se trata de cura ao câncer ou uma viagem à Lua, não tem mistérios e nem crimes a resolver, mas, assim como outros trabalhos de Zusak, esse livro tem algo que me encanta e que faz falta em vários livros famosos hoje em dia: A realidade crua, sincera e monótona da vida.
O livro conta a história de Cameron Wolfe, um adolescente que espelha a situação de muitos garotos mundo afora. Cameron é um típico irmão caçula que vive à sombra dos irmãos mais velhos e é visto como perdedor até mesmo por si próprio. Durante o livro, Cam busca por uma razão pela qual existe, por reconhecimento e mérito familiar, e principalmente por alguém a quem dar todo o amor que sonha dar a uma garota. Durante o livro, Cameron encontra nas palavras um meio de comunicação com si mesmo, e aos poucos percebe que a melhor mudança é aquela que ocorre dentro de si próprio.
É uma leitura calma, sincera e cheia de metáforas, e me impressionei mais uma vez com o bom uso que Zusak é capaz de fazer com as palavras.
Criei uma pequena paixão por Rube Wolfe, um dos irmãos mais velhos de Cameron, e me identifiquei profundamente com Octavia Ash, a garota dos seus sonhos. Adorei a alusão à família comum que Zusak passou com "os Wolfe" e gostei muito do bom uso das atividades cotidianas ao longo do livro, coisa que só quem ler poderá ser capaz de entender.
Vale à pena ler, como qualquer coisa que venha do gênio criador de A Menina Que Roubava Livros, mas minha dica é que para quem procura por um livro mais cheio de ação, aventura ou romance não perca tempo tentando criar uma simpatia forçada pela história.
OBS: Você pode encontrar resenhas curtas e muito bem escritas de A Menina que Roubava Livros e O Mensageiro (também do gênio Zusak) NESSA postagem de um dos meus blogs preferidos.
Laís S.
Adorei a resenha, Lais! É um dos livros que mais quero comprar, então assim que tiver uma opinião sobre, a gente discute sobre ele. Hahahaha
ResponderExcluirObrigada pela recomendação. Beijos!
Obrigada Amanda, vou esperar! Haha
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