"Às vezes parece que o universo quer ser notado."
Devem haver milhares de resenhas sobre esse livro, mas vamos lá.
Primeiramente, quero começar dizendo que ao pegar o livro emprestado de uma amiga para ler, a primeira coisa que pensei antes de abrir a capa foi que eu não podia me apaixonar pela história porque isso é exatamente o que todas as adolescentes estão fazendo. Eu tenho um tipo de transtorno obsessivo em não ser como todas as outras pessoas, o que às vezes acaba indo ao extremo, mas no final não serve de nada.
Dito isso, posso começar a dar minha opinião.
Sem dúvidas uma das coisas que mais gostei em A Culpa é das Estrelas foi a narrativa. Uma das coisas que mais gosto em um livro é a narrativa leve e simples, sem muita enrolação ou complicação, e nesse quesito o autor me agradou profundamente. Adorei viver como Hazel Grace enquanto lia o livro, porque John Green escreve de um modo tão simples que nos faz realmente entender como a personagem se sente mesmo não sendo um paciente terminal.
Narrativa, O.k.
Outra coisa que gostei demasiadamente foram os personagens. John também acertou em meu estilo de personagem, porque adorei o humor ácido de Hazel e as brincadeirinhas de Augustus, criei uma paixãozinha pelo coitado do Isaac e simplesmente desejei ter uma mãe como a Srta. Lancaster.
Personagens, O.k.
Também adorei toda a história por trás de Peter Van Houten e Uma Aflição Imperial, todas as frases tiradas do livro fictício, o amor de Hazel por um autor e um livro (porque me identifiquei profundamente com isso), toda a viagem à Holanda, a visita à casa de Anne Frank, o intelecto inteligente de Hazel, seu jeito de ver as coisas, o fundo de filosofia por trás de uma história leve, o fato de o livro não se tratar de uma história de câncer mas sim de uma história de amor onde o câncer é apenas um impasse, todas as metáforas de Augustus e das estrelas e todo o conhecimento que adquiri com as nerdices de Hazel.
Juntando tudo isso, posso concluir que o livro todo é muito bom, a história prende e até me fez chorar.
Porém, porque eu sempre tenho um porém, como disse no começo do texto eu estava decidida a não me apaixonar pela história e nem pelo autor que é para não ser igual a todas as outras adolescentes. E fui bem sucedida. Acho que a história em si foi legal e tudo mais, mas eu não me apaixonei. Não foi meu livro preferido, e eu estou sendo sincera, mas mesmo assim estou indicando porque sei que todo mundo que ler vai dar boas risadas e tem oitenta por cento de chance de se apaixonar. Eu fui a exceção que ficou entre os vinte por cento. Como Augustus Waters. (Leiam o livro e isso vai fazer mais sentido).
Não concordo com uma nota que li sobre o livro (não lembro onde li e não consegui achar onde foi) que dizia que não é um clichê. Na minha concepção, clichê é tudo aquilo que se torna previsível. A Culpa é das Estrelas, por ser o livro mais falado entre os adolescentes principalmente na internet, se tornou extremamente previsível para mim que o li apenas agora. Acho que seria muito mais fácil amar incondicionalmente a história se ela fosse um pouco mais inédita, mas eu já sabia o inicio, o meio e o fim da história apenas por ser usuária do Tumblr.
Minha opinião não torna o livro um pouco menos incrível ou o autor um pouco menos maravilhoso no que faz. Pretendo ler outros livros de John Green (aliás, se alguém quiser indicar algum nos comentários tudo bem), porque sempre ouvi coisas muito boas sobre ele.
Laís S.
Leia toooooooooodos! Os livros dele são maravilhosos, maravilhosos de verdade! <3
ResponderExcluirEu vou ler, quero que o próximo seja o Teorema porque você e mais um monte de gente dizem que é ótimo!
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